Editorial: Lutar ou Lutar!

A última parcela do reajuste conquistado com a
greve vitoriosa de 2012 será paga em janeiro de 2015. Para 2016 não há previsão
de aumento para os servidores públicos. Por isso, a luta por melhores salários
e condições de trabalho no próximo ano é inevitável.

Mesmo com a vitória da presidente Dilma Rousseff
nas urnas – que tem uma política diferente da que seria aplicada pelo PSDB, que
defende o estado mínimo, persegue servidores e prioriza as privatizações –,
nós, servidores, precisaremos de muita organização, mobilização e unidade para
conquistar o atendimento de nossas reivindicações. O empresariado brasileiro e
os banqueiros continuarão pressionando o governo para obter mais lucros e
retirar direitos dos trabalhadores, apoiados principalmente no novo Congresso
eleito, avaliado pelos analistas políticos como o mais retrógrado desde a
ditadura militar. Com o escandaloso financiamento empresarial, a bancada
sindical perdeu quase a metade de seus membros, enquanto o número de candidatos
representantes dos patrões aumentou consideravelmente.

Foi para enfrentar essa nova conjuntura política
que a Condsef realizou dias 22 e 23 de novembro uma plenária nacional dos
servidores federais que contou com mais de 400 participantes e aprovou o
manifesto da categoria (PÁG. 3) e a pauta de reivindicações, cujo centro é a
tabela salarial unificada, baseada nos benefícios da Lei 12.277/10 (Encarte), a
qual contempla a maioria dos setores da base do Sindsep-DF, ao mesmo tempo em
que mantém a luta daqueles que reivindicam tabelas específicas. Com a demanda
unificada, temos condições de no próximo ano organizar uma mobilização ainda
mais forte que a de 2012 e, se necessário, promover uma greve nacional do
funcionalismo.

Simultaneamente à luta salarial, precisamos
desenvolver uma campanha pela Constituinte Soberana e Exclusiva para a Reforma
Política, tão necessária para mudarmos as regras eleitorais, visto que, com as
atuais, os trabalhadores e o povo estarão sempre sub-representados no Congresso
Nacional. Além disso, é imprescindível que saiamos em defesa dos bancos
públicos e da Petrobrás e que cobremos com firmeza a apuração de todas as
denúncias de corrupção na perspectiva de fortalecer a empresa, preservar a
Petrobras pública e garantir que as divisas geradas pelo Pré-Sal sejam
utilizadas em benefício do povo brasileiro.

Diretoria do Sindsep-DF  

Fonte: EG 462 (fechado em 
01/12/2014)

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