Ebserh: trabalhadores da sede e HUB reavaliam data de início da greve em assembleia virtual hoje, às 20h

Ebserh: trabalhadores da sede e HUB reavaliam data de início da greve em assembleia virtual hoje, às 20h

O Sindsep-DF está convocando todos os trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh, lotados na sede e no Hospital Universitário de Brasília (HUB), para nova assembleia virtual nesta quarta-feira (12/05), às 20h, para avaliar e deliberar sobre a data de início da greve da categoria, entre outros encaminhamentos.

A princípio, os trabalhadores iniciariam o movimento paredista na quinta-feira (13), conforme deliberado em assembleia virtual dia 7 de maio. No entanto, a data será reavaliada em função da Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério da Economia ter se proposto a intermediar as negociações para o fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020/2021 – a qual já se arrasta há quase dois anos. Vale lembrar que o estopim para o movimento paredista nacional é a proposta de redução do adicional de insalubridade dos trabalhadores que atuam na linha de frente do combate à Covid-19.

Na assembleia também será informado o resultado da reunião que acontece na tarde de hoje, com intermediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), entre a direção da Ebserh e o comando nacional de greve.

Sindsep-DF busca unidade com Sindserh-DF

Entendendo a importância de replicar no Distrito Federal a unidade das entidades nacionais, representativas dos empregados da empresa, que já ocorre nacionalmente, o Sindsep-DF vem buscando um entendimento com a direção do Sindserh-DF para a condução conjunta da luta dos trabalhadores.

Governo prefere ameaçar, antes de negociar

Em vez de negociar com os trabalhadores para evitar a greve, a direção da divulgou o Ofício Circular – SEI nº 12/2021/SRT/CDP/DGP-EBSERH, em que faz ameaças explícitas aos trabalhadores, com corte do ponto e desconto nos salários, sem previsão para abono ou compensação das horas.

O secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, ressalta que a greve não tem a intenção de paralisar o funcionamento dos hospitais universitários, especialmente neste momento em que os trabalhadores da EBSERH atuam de forma decisiva e estratégica no combate ao avanço do novo Coronavírus. “É óbvio que será mantido o contingente exigido por lei para a manutenção de serviços essenciais, como o prestado por estes trabalhadores”, afirmou.

“É importante lembrar que a greve é o instrumento legal que todo trabalhador e trabalhadora têm para exigir do patrão o cumprimento de seus direitos, depois que todos os meios de negociação se esgotaram”, completou Neves, que lembra que a greve surgiu como alternativa após quase dois anos de negociações para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020/2021, e porque a Ebserh insiste em, mesmo em meio a pandemia, reduzir benefícios e salários dos profissionais que trabalham diretamente com pacientes infectados pela Covid-19 nesses hospitais por todo o país, entre eles a equipe de enfermagem, fisioterapeutas e médicos.

Além da manutenção do adicional de insalubridade , sem nenhuma redução, os trabalhadores também reivindicam data-base, 30 horas semanais e um piso para os trabalhadores da área de enfermagem. “Assim como os números de mortes pela Covid-19 são consequência do total descaso do governo Bolsonaro com a população, a greve dos trabalhadores da Ebserh também é. Num momento em que os trabalhadores da área de saúde colocam em risco as suas próprias vidas e de seus familiares, o governo vem com uma proposta absurda de reduzir salários”, destaca Neves.

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