EBSERH: Trabalhadores entrarão em greve para evitar redução na remuneração
EBSERH: Trabalhadores entrarão em greve para evitar redução na remuneração
Empresa insiste em reduzir insalubridade
A partir desta quinta-feira (13), os trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) do DF e de mais 13 estados iniciam uma greve nacional contra a redução de seus direitos e pela manutenção da data-base. Em assembleias organizadas pelos sindicatos filiados à Condsef/Fenadsef, foi aprovada adesão à greve no Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.
No DF, a assembleia virtual conjunta dos trabalhadores da sede e do Hospital Universitário de Brasília (HUB) foi realizada na sexta-feira (7/05), e aprovou participação no movimento paredista por unanimidade. O Comando de Greve Nacional deve se reunir nos próximos dias com a direção da empresa para definir o percentual que permanecerá no trabalho e a escala de trabalho por setor. O Comando de Greve local também deve definir a mobilização dos grevistas e como serão realizadas as assembleias para deliberações do movimento.
Desde o ano passado, quando teve início a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020/2021, os trabalhadores vêm enfrentando o descaso e total desrespeito da direção da empresa que têm feito de tudo para inviabilizar um acordo. O principal impasse está na proposta de redução do adicional de insalubridade da categoria, justo no momento em que os empregados públicos colocam suas próprias vidas em risco atuando na linha de frente do combate à Covid-19. Os trabalhadores também reivindicam a manutenção da data-base, as 30 horas e um piso para os trabalhadores da área de enfermagem.
O secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, destaca que a posição intransigente e desrespeitosa da direção da empresa é reflexo do próprio governo de Bolsonaro e Guedes. “Estamos vivendo um momento delicado e seríssimo de inúmeros ataques aos serviços públicos e seus trabalhadores. A intenção desse governo é cada vez mais precarizar as relações de trabalho nos setores público e privado e reduzir a participação do Estado brasileiro no fornecimento de serviços essenciais, como saúde, educação, segurança, proteção do meio ambiente, cultura, dentre outros. E isso está nítido na proposta infame de redução do adicional de insalubridade para os trabalhadores da Ebserh, e na própria reforma administrativa, em tramitação na Câmara”, afirmou.