Bolsonaro deve dizer o que propõe ao funcionalismo e porque nega negociação do reajuste
Entidades cobram do governo que pare de enviar recados e declarações vagas via imprensa e de fato abra um canal efetivo de negociações com os representantes sindicais
Bolsonaro deve dizer o que propõe ao funcionalismo e porque nega negociação do reajuste
Condsef/Fenadsef
O governo Bolsonaro deve dizer claramente ao conjunto do funcionalismo o que propõe para categorias que amargam mais de cinco anos sem nenhum reajuste. Desde 2021, expectativas vêm sendo criadas com diversas declarações de Jair Bolsonaro e membros de seu governo, amplamente divulgadas pela imprensa.
Entidades cobram do governo que pare de enviar recados e declarações e de fato abra um canal efetivo de negociações com os representantes sindicais. Além da profusão de versões diferentes para o tema relacionado ao reajuste dos servidores, prazos e limites legais em ano eleitoral estão envolvidos num cipoal legislativo que gera ainda mais expectativa.
O prazo para concessão de um reajuste linear acima da inflação deste ano terminou hoje, 5 de abril. Com isso, o governo conseguiu ganhar tempo e inviabilizar a reivindicação de 19,99%, que corresponde às perdas inflacionárias dos três anos de governo Bolsonaro, protocolada pelo Fonasefe ainda em janeiro.
As incertezas nesse cenário continuam alimentando o aumento da mobilização entre as diversas categorias do Executivo Federal. Desde o dia 23 de março está em curso um movimento de greve e paralisações de atividades que já contam com participação efetiva de categorias como Previdência, Trabalho e Emprego, Banco Central, Receita Federal e pode crescer. A vigília permanente em frente ao Ministério da Economia também seguirá a todo vapor nas próximas semanas.
Reajuste seria definido em junho
A última declaração de membros do governo é de que o reajuste salarial dos funcionários públicos pode ser definido até junho. O orçamento reserva R$1,7 bilhão para este fim, mas, o governo pode alterar o valor. Só não virá a reposição salarial de emergência se o governo não quiser!
Seguimos lutando para ter nossas reivindicações justas atendidas. Por isso, nossa mobilização e unidade seguem sendo fundamentais. Lutamos por respeito, valorização e direitos. A hora é AGORA!