Ato exige atendimento da Campanha Salarial 2018
Os servidores federais atendendo ao chamado do Sindsep-DF participaram na quinta-feira (07) de ato conjunto do funcionalismo público em frente ao Ministério do Planejamento (Bloco C), para exigir do governo a abertura das negociações da Campanha Salarial 2018 e o atendimento das reivindicações da categoria. O centro da pauta de reivindicações é a revogação da Emenda Constitucional 95/2016, que congela os salários de servidores por 20 anos e reduz investimentos em saúde, educação e áreas sociais.
A atividade teve início às 10h da manhã e se estendeu até o fim da tarde, para acompanhar a reunião de representantes da CUT e da Condsef com o secretário de Gestão de Pessoas, Augusto Akira Achiba, que teve início às 15h30. Na reunião, o representante da CUT, Ismael José César, reivindicou a elevação do auxílio alimentação e do aporte financeiro do governo para os planos de saúde de autogestão, reforçou ainda a necessidade de o governo responder a pauta de reivindicações entregue pelas entidades nacionais dos servidores, e que seja aberto o processo de negociação com a categoria.
Os dirigentes sindicais também apresentaram as propostas feitas pelas empresas públicas e afirmaram que não seguirão negociando os acordos coletivos caso governo e empresas mantenham a postura de reduzir direitos. Pela CUT participaram também o secretário Jurídico, Valeir Ertle, e o diretor Executivo, Eduardo Guterra, que reforçaram a importância de garantir os direitos dos trabalhadores nos ACTs, e que a responsabilidade será do governo, caso os trabalhadores decidam pela greve. Também estavam na reunião Sergio Ronaldo, secretário-geral da Condsef; Vitor Frota da Silva, CTB e Urbanitario; e Carlos Garcia, presidente do Sinpaf.
O secretário de Gestão de Pessoas do Planejamento, Augusto Chiba, e o coordenador-geral da SEST, Christian Castro, afirmaram que não é orientação do governo a retirada de direitos dos trabalhadores, mas sim a negociação de cláusulas financeiras. O diretor do Departamento de Relações de Trabalho do Planejamento, Paulo Campolina, disse que vê “esperança e futuro com a reunião realizada, que não se chega a uma solução sem diálogo” e se comprometeu a repassar ao ministro do Planejamento as informações apresentadas pelos dirigentes sindicais, além de analisar estratégias que preservem as cláusulas sociais. Campolina sugeriu realizar uma nova reunião, definida para o dia 21 de junho no Ministério do Planejamento.
Na vigília em frente ao Planejamento estavam, além do Sindsep-DF, representantes da AduFG, ASIBGE, ASFOC, Condsef, CSP-Conlutas, CUT, Fasubra, Fenajufe, Movimento Resistência Popular (MRP), Sinait, Sindsep-MT, Sinpaf e Sintsep-GO.
A pauta conjunta do funcionalismo possui mais de 30 itens, entre eles a correção salarial com aplicação do índice de 25,63% (DIEESE); extensão dos índices da Lei 13.464/2017 para todos os servidores públicos federais; cumprimento de todos os acordos assinados em 2015; e a aplicação do valor mínimo de 50% de contrapartida nos planos de saúde.
Na avaliação do secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, o ato foi extremamente positivo pois demonstrou ao governo a unidade da categoria e a disposição de luta.
Fonte: Imprensa Sindsep-DF