Assembleia no MJSP, discute, além das negociações com o governo, o cenário político nacional e internacional e elege delegados ao XVIII Congresso do Sindsep-DF

Os servidores do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) participaram na manhã de hoje (13), de assembleia do Sindsep-DF para a eleição de delegados ao XXIII Congresso do Sindsep-DF, que será realizado de 29 a 31 de agosto, no CNTI (Luziânia/GO).

O secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, iniciou a assembleia apresentando um panorama da conjuntura política internacional, ressaltando o quão prejudicial as guerras na Palestina e na Ucrânia são para o conjunto da classe trabalhadora. “Na Palestina, continua diante dos olhos da comunidade internacional o massacre inaceitável do povo palestino pelo estado sionista de Israel. Já na Ucrânia, a guerra que completou dois anos, também revela um cenário terrível que o sistema capitalista impõe à humanidade: assassinato de trabalhadores e de suas famílias, ou seja, a guerra não interessa ao povo, só interessa à indústria armamentista, principalmente a americana”, concluiu.

Neves também fez uma breve análise do cenário político brasileiro, no qual o presidente Lula, eleito pelos trabalhadores, está refém do orçamento e da Câmara dos Deputados, em consequência da política econômica colocada pelo novo arcabouço fiscal, que impõe muitas travas para a efetiva valorização dos servidores e dos serviços públicos. “É importante entendermos e alertamos a população de que as travas nos investimentos públicos reverberam na qualidade e na prestação dos serviços públicos, na limitação da recomposição salarial, do quantitativo de cargos para concursos públicos. Na prática, o arcabouço só beneficia aos banqueiros e rentistas com a priorização do pagamento dos juros da dívida pública”, comentou.

Ele também esclareceu que o XVIII Congresso do Sindsep-DF, que tem como tema “Construir a unidade para combater as distorções salariais”, vai debater exatamente as ações para ampliar a unidade dos servidores e, com isso, contruir as condições políticas para enfrentar uma visão de Estado elitista que aprofunda as distorções salariais tanto entre as carreiras do Executivo Federal, quando entre os Três Poderes.

Neves também informou que o governo mantém a posição intransigente de não abrir negociação para a discussão de carreira específica para os setores que estão no Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE), como é o caso dos servidores do MJSP. O sindicato seguirá cobrando do governo a abertura das negociações. A assembleia contou com a participação de 21 filiados, elegendo 4 delegados e um suplente.

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