Após 10 dias, greve de fome contra a Reforma da Previdência é suspensa
Com a confirmação de que a votação da Reforma da Previdência (PEC 287/2016) ficará para fevereiro de 2018, os trabalhadores que estavam em greve de fome há 10 dias encerraram o movimento na tarde de ontem, dia 14/12.
Iniciada no
dia 5/12 por frei Sergio Görgen, Josi Costa e Leila Denise Meurer, camponeses integrantes
do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), a greve ganhou o reforço no dia
7/12 de mais três militantes, Simoneide de Jesus (MPA), Rosangela Piovizani e
Rosa Jobi, do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC). Em quase todos os dez
dias, os camponeses ficaram acampados no salão verde da Câmara dos Deputados.
A primeira
alimentação após a greve foi servida na sede da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB), com a supervisão de um médico. O grupo também passa por
exames para avaliar as condições físicas após a greve.
O
secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, em conjunto com
representantes de várias entidades sindicais e de movimentos sociais,
recepcionou os grevistas na chegada à CNBB. Neves também visitou em diversas
ocasiões o acampamento dos grevistas na Câmara dos Deputados e na sede da
Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj). “A Reforma da Previdência vai
prejudicar todos os trabalhadores, do campo e da cidade, dos setores público e
privado. A greve de fome dos camponeses em Brasília e outros estados serviu
também para mostrar ao governo golpista e seus aliados que os trabalhadores
estão unidos e que vão lutar para não aprovar essa proposta que no final das
contas acaba com a aposentadorias”, afirmou.