A realidade dos servidores civis nos hospitais militares

HFA
Os servidores do Hospital das Forças Armadas enfrentam situações humilhantes durante o almoço. Obrigados a almoçar no refeitório do HFA, já que a instituição não fornece vale-refeição, eles não podem servir a quantidade de carne que desejam.

O HFA possui três refeitórios: um, apenas para o atendimento de generais, coronéis e funcionários de nível superior, que conta com exclusivo serviço de garçon; outro para sargentos, cabos, técnicos e auxiliares de enfermagem; e o terceiro para os demais funcionários do hospital. O que os servidores questionam é que apenas nos dois últimos refeitórios as porções são servidas por um funcionário de empresa terceirizada para o serviço. Não bastasse isso, os servidores reclamam do atendimento e da qualidade dos alimentos, especialmente o peixe.

Outra questão que também aflige a categoria diz respeito à carga horária. Enquanto os celetistas trabalham de 30 a 36 horas, os estatutários cumprem mais de 40 horas semanais, recebendo, muitas vezes, metade do salário pago aos celetistas. Apesar das várias reuniões com o Sindsep-DF, a diretoria do hospital não tomou nenhuma atitude. Os servidores cobram uma solução do Ministério da Defesa.

HGB
O Hospital Geral de Brasília cancelou o Plano de Saúde de seus servidores com a desculpa de que o próprio HGB prestaria o atendimento médico necessário. No entanto, ao contrário dos militares, que marcam suas consultas por telefone ou internet, os servidores civis são obrigados a enfrentar longas filas e ainda a disputar a preferência de atendimento com os companheiros e companheiras aposentados.

Nem mesmo em casos de emergência eles conseguem atendimento. Para os servidores do órgão, a situação é uma demonstração do descaso com a saúde da categoria e uma discriminação aos civis. Segundo os servidores, o que já era ruim no tempo dos generais e coronéis hoje está pior. Eles cobram o cumprimento da Constituinte e o respeito aos direitos humanos.


Fonte: EG 164 

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