A quem interessa dividir a luta?

Como diz o ditado popular: uma andorinha só não faz verão! E foi seguindo essa máxima, que os trabalhadores passaram a se organizar em sindicatos. No Brasil, após décadas de controle do estado sobre os sindicatos (via imposto sindical e “unicidade”), a fundação da CUT, em 1983, abriu um novo período de sindicalismo independente. Nesse mesmo movimento, os servidores se organizaram em sindicatos gerais e, mais tarde, em federações e confederações, alargando os limites legais. Tudo isso com um único objetivo: unir forças para lutar pelas reivindicações gerais e específicas de cada setor. Afinal, é a unidade da classe trabalhadora que tem garantido conquistas históricas como a jornada de oito horas diárias, carteira assinada, férias remunerada, 13° salário, estabilidade no emprego, seguro desemprego. Para o funcionalismo público, uma importante conquista fruto da luta unificada foi a criação da GAE e, mais recentemente, a sua incorporação no vencimento básico do funcionalismo público. Por isso, aquele que pensa em criar sindicato em cada órgão ou departamento imaginando que “é mais fácil” obter negociações salariais e benefícios está, na verdade, contribuindo para a divisão e o enfraquecimento da luta por melhores salários e condições de trabalho. A organização por local de trabalho se faz na Seção Sindical do sindicato geral. Ela é que conduz a luta específica em unidade com a luta geral.

Fonte: EG 338

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