A importância dos sindicatos gerais na defesa do serviço público e dos trabalhadores
Artigo publicado na coluna do Sindsep-DF no portal Brasil de Fato DF
Em um mundo cada vez mais marcado pelo avanço do capital especulativo, os sindicatos gerais cumprem um papel fundamental na defesa do serviço público gratuito, universal e de qualidade, na garantia de direitos trabalhistas e na resistência contra os retrocessos impostos pelas elites econômicas do país.
Os sindicatos gerais são os instrumentos elementares de organização dos trabalhadores e trabalhadoras, garantindo melhores condições de trabalho, renda e benefícios para todos. No setor público, a atuação sindical se torna ainda mais relevante, pois protege não apenas os direitos dos servidores, mas também a qualidade dos serviços prestados a toda a população trabalhadora brasileira. Diante de um cenário global de reforço à fragmentação, ao individualismo e à competitividade extrema, os sindicatos gerais se consolidam como barreiras de resistência.
Além das negociações coletivas, que garantem reajustes salariais e recuperam o poder de compra dos trabalhadores – fortalecendo, assim, a economia e a geração de empregos –, os sindicatos gerais também atuam politicamente para pressionar governos e combater políticas que restringem direitos e favorecem a exploração. A correção das distorções salariais no funcionalismo, a garantia da estabilidade e a valorização dos servidores, independentemente do cargo ou nível de escolaridade, são bandeiras centrais desta luta.
A fragmentação sindical, promovida por entidades corporativistas, enfraquece a luta dos trabalhadores e cria divisões que beneficiam apenas os setores que desejam restringir direitos. Ao contrário dessas práticas, os sindicatos gerais apostam na unidade da classe trabalhadora como única via para barrar o desmonte do serviço público e conquistar novos avanços.
Nossa luta vai além. Os sindicatos gerais atuam em solidariedade de classe com diversos movimentos sociais, estabelecendo laços entre trabalhadores do setor público e privado, do campo e da cidade.
A autonomia e a democracia sindical também são nossos pilares para uma organização forte e combativa. Ao se manter independente de governos e patrões, um sindicato geral pode atuar de forma coerente na defesa intransigente dos trabalhadores. Essa postura classista permite que os sindicatos não apenas defendam os servidores públicos, mas também fortaleçam a resistência dos trabalhadores do setor privado, dos movimentos sociais e dos povos do campo e da cidade.
A luta por um serviço público de qualidade é inseparável da luta por um mundo mais justo e democrático. O sucateamento dos órgãos públicos interessa apenas àqueles que veem na privatização e na exploração dos trabalhadores uma forma de aumentar seus lucros. Por isso, a unificação das pautas da classe trabalhadora é estratégica.
Fortalecer um sindicato geral, classista, autônomo e democrático é uma necessidade histórica. Só por meio da unidade e da organização seremos capazes de barrar os retrocessos em curso e conquistar novos direitos.
*Mônica Carneiro é Secretária de Comunicação do Sindsep-DF.
**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato – DF.