Governo prepara cortes no orçamento 2009

Servidores não aceitam pagar pela crise e exigem cumprimento dos acordos e atendimento das reivindicações ainda pendentes



O Senado ainda nem aprovou as MPs 440 e 441 (a votação dos PLVs 27 e 28 é nesta semana e o Sindsep-DF continua trabalhando em favor das emendas) e o governo já fala em adiar a implantação de parcelas futuras das novas tabelas. E não apenas dessas MPs mas também da 431 (Lei 11.784/08).

Em entrevista na terça-feira, 4.11, em que anunciou a redução em R$ 8 bilhões na previsão de receitas da União para 2009, o Ministro Paulo Bernardo não descartou que poderia atrasar os reajustes.

Antes disso, o relator da LOA 2009, Senador Delcídio Amaral (PT-RS) já havia realizado reuniões com diversas autoridades – inclusive o Presidente do Banco Central –, das quais saiu declarando que haveria cortes. Na mesma linha veio o Ministro Mantega. A crise financeira mundial é o pretexto para essa política que engaja a responsabilidade do Presidente e de todos os Ministros.

No início do ano, o governo atrasou a publicação de MPs e as negociações com os servidores alegando o fim da CPMF, fato bem menos grave. O risco, portanto, é real.

A situação ressalta a importância da organização dos servidores desde a base. Esse é o objetivo da construção das Seções Sindicais de fato.



“Nesta situação (nova), a AFL-CIO* deve colocar-se como uma enorme força de milhões de pessoas que se encontram encolerizadas. Estamos irados e não temos mais ninguém que nos represente no poder. Liderem-nos! Atuem! A AFL-CIO poderia lançar a palavra de ordem de greve geral de uma hora, em todo o território dos EUA, os trabalhadores seguiriam e o Governo não poderia fazer grande coisa, porque existe muita gente que já está farta”.


Denis Mosgofian, diretor jurídico do Conselho Operário de São Francisco,
em e-mail enviado para a AFL-CIO





Fonte: EG 308

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