Ponto para os servidores!
Governo começa a recuar mas risco de calote ainda não está totalmente afastado. A mobilização continua
A pressão dos servidores levou o governo a recuar na decisão de adiar o reajuste previsto para julho de 2009. Atendendo a pedido de audiência formulado pela CUT, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, reuniu-se, em 18.03, com as entidades sindicais para anunciar que o governo pretende manter todos os acordos firmados com o funcionalismo. A reunião ocorreu no segundo dia da Marcha a Brasília, que levou mais de quatro mil servidores federais à Esplanada dos Ministérios.
Apesar de a notícia causar alívio, ela não significa uma garantia, visto que o ministro deixou claro que não está descartada a possibilidade de “repactuação” das parcelas de reajuste em virtude da crise. Ou seja, se a arrecadação cair até julho, o pagamento poderá ser adiado.
Ato dia 30: em defesa do emprego, salário e direitos
Por isso mesmo a mobilização para que a conta da crise não seja repassada aos trabalhadores deve se intensificar. Com esse objetivo a CUT, acompanhada por mais 19 entidades nacionais do movimento social, organiza uma manifestação nacional para a próxima segunda-feira, dia 30.03. Os trabalhadores dos setores público e privado estarão juntos em atos em todos os estados. Na pauta, a defesa da redução da jornada de trabalho sem redução de salário, investimentos na reforma agrária e geração de empregos, fim da política de superávit primário, além do cumprimento dos acordos com os servidores e atendimento das reivindicações da campanha salarial.
Em Brasília, a direção da CUT-DF se reúne neste dia 23 para, em seguida, articular a manifestação com as demais entidades.
Outras reivindicações
Não basta garantir o cumprimento dos acordos. É preciso novas conquistas. Por isso a Marcha a Brasília também marcou o lançamento da luta por outras reivindicações, como: paridade ativo-aposentado-pensionista; reajuste dos auxílios alimentação e creche; aumento do valor das diárias de viagem e da contrapartida do plano de saúde; antecipação das tabelas de 2010 e 2011 para 2009; instalação dos Grupos de Trabalho que vão reestruturar os Planos de Carreira; direito irrestrito de greve; entre outras.
Também é bandeira da campanha lutar contra o desmonte dos órgãos públicos. Essa resolução foi reafirmada na Plenária Nacional da Condsef, dia 19.03, que aprovou a realização de Seminário Nacional em defesa da Funasa, Incra, Iphan e Ibama. O Seminário ocorre dia 15 de maio, véspera do próximo encontro da entidade. A plenária também decidiu entrar na campanha de coleta de assinaturas pela edição de uma Medida Provisória contra as demissões no setor privado (acesse aqui o abaixo-assinado).
Fonte: EG 321