Reta final das eleições presidenciais

No próximo dia 31, mais de 135 milhões de brasileiros vão às urnas eleger o novo presidente do Brasil. Duas candidaturas concorrem ao segundo turno dessas eleições. A candidata do PT, Dilma Rousseff, que representa a possibilidade de o servidor continuar lutando em melhores condições por suas reivindicações e por um serviço público de qualidade que atenda a toda a população do Brasil. Por outro lado, está a candidatura do PSDB, José Serra, que representa o retorno ao estado mínimo, com congelamento de salário, privatização de empresas públicas e terceirizações. Não é à toa que a candidata do PT tem o apoio de todas as entidades de classe dos trabalhadores. Já o candidato tucano José Serra conta o apoio do grosso do empresariado nacional e internacional.

Por isso, nesta reta final das eleições, o Comitê de Sindicalistas Pró Dilma convida todos os servidores públicos para participarem de um ato nesta quarta-feira, dia 27.10, a partir das 18h, no Teatro dos Bancários (EQS 314/315 – Asa Sul), que tem o objetivo de potencializar a campanha da petista Dilma Rousseff e apresentar à candidata as reivindicações dos trabalhadores.

Fazem parte das demandas dos servidores públicos o retorno da Data-base em 1º de maio, o reconhecimento do direito de greve, a paridade ativo-aposentado-pensionista, planos de carreira com remuneração isonômica e a revogação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), instrumento que nada mais é do que um limitador de gastos públicos e, consequentemente, um empecilho ao reajuste de salário, também às contrações e, principalmente, para investimentos no serviço público, saúde, educação e segurança.

Essas reivindicações estão pendentes no governo Lula, mas é inegável que os servidores obtiveram conquistas nos últimos anos, como a incorporação da GAE ao vencimento básico, a obtenção de Planos de Carreira específicos para alguns setores, contratação de servidores, recomposição da remuneração e os reajustes do auxílio-alimentação e das diárias de viagem.

São conquistas que não podem ser ignoradas, mesmo que parciais, porque todas são fruto da luta e da mobilização dos servidores. Ignorar tais conquistas é jogar na lata do lixo toda a luta empreendida pela categoria. É não reconhecer o trabalho que foi realizado pelos servidores, que não podem desanimar nem acreditar que não é possível ir mais além, muito menos se darem por satisfeitos com o que já foi conquistado. É necessário avançar no atendimento das reivindicações. Vários setores ainda estão sem Plano de Carreira. Os servidores federais são a única categoria profissional no país que ainda não possui a data-base. A paridade entre ativos e aposentados, que foi retirada por Fernando Henrique, ainda não foi restabelecida. Portanto, é preciso ir à luta e essa luta passa pelas urnas no dia 31 de outubro.

Falta de compromisso com o combate às endemias

A demissão de mais de cinco mil servidores da Funasa em 1999, pelo então ministro da Saúde de FHC, José Serra, mostra a falta de comprometimento do candidato tucano com o serviço público. Os servidores trabalhavam no combate às endemias no estado do Rio de Janeiro, cuja demissão causou o retorno da dengue e de outras doenças. Os servidores foram recontratados pelo governo Lula, que reparou a injustiça.

Fonte: EG 393 

print

Compartilhar: