Cultura debate conjuntura, calendário de mobilização e elege delegados ao XVIII Congresso do Sindsep-DF

Em assembleia virtual na terça-feira, 13, os servidores do Ministério da Cultura e órgãos vinculados validaram o calendário de atividades da mobilização nacional do setor, dias 15 e 16, quinta e sexta.

A assembleia, conduzida pela representante da Seção Sindical do Sindsep-DF na Cultura, Ruth Vaz Costa, que também integra o DEC (Departamento de Educação e Cultura da Condsef), teve início com a análise da conjuntura política, realizada pela diretora do Sindsep-DF e da Condsef, Mônica Carneiro, e pelo diretor da Condsef, Eduardo Melo. As discussões foram centradas no efeito nefasto que as políticas fiscal e monetária conduzidas pelo governo até o momento – somadas às emendas parlamentares que sequestram boa parte do orçamento público da União – tem sobre a economia do país, nos investimentos sociais, nas políticas públicas e, como consequência, no atendimento das demandas dos servidores federais por recomposição salarial, estruturação e reestruturação de carreiras. “A luta dos servidores por melhores salários não está apartada do cenário político geral. Para cobrar do governo Lula o cumprimento das suas promessas de campanha, em especial o povo no orçamento e os ricos no imposto de renda, é preciso fortalecer a mobilização e a unidade da categoria”, argumentou Mônica Carneiro, que também ressaltou a importância de reforçar a mobilização em torno de pautas gerais como a revogação das reformas trabalhista, da previdência e da lei da terceirizações.

Nesse contexto, os delegados eleitos ao XVIII Congresso do Sindsep-DF terão como desafio apontar caminhos para vencer a política equivocada adotada pelo governo, tanto no que se refere ao orçamento da União, quanto no que diz respeito ao atendimento das demandas do funcionalismo público.

O tema do congresso é ‘construir a unidade para combater as distorções salariais’. Nesse contexto, os sindicalistas também reafirmaram a importância dos sindicatos gerais como instrumento muito valioso para combater a fragmentação dos servidores, somar forças e promover a horizontalização da luta.

Na concepção do Sindsep-DF, a visão de Estado que o MGI tem implementado durante o processo de negociação salarial é elitista e contrária àquela que deve refletir a diversidade da sociedade brasileira. Compreender essa realidade é crucial para organizar os servidores em suas lutas.

A direção do sindicato explica que ao elitizar o serviço público, promovendo a diferenciação salarial entre cargos que supostamente seriam de “gestão” e os classificados como “operacionais”; a seleção de profissionais pelo nível de escolaridade, o que não é acessível à maioria do povo brasileiro; promovendo um método de recrutamento que beneficia a camada mais privilegiada da sociedade e a terceirização de cargos de menor escolaridade, o governo pavimenta o caminho para construir um Estado elitizado, cada vez mais distante do povo, que é o usuário final dos serviços públicos em todas as suas áreas.

Toda essa discussão será aprofundada no congresso, que deve elaborar propostas para disseminar o debate sobre o “Estado que queremos” nos locais de trabalho.

A assembleia elegeu três delegados ao congresso e aprovou o calendário de mobilização com plenária nacional na quinta-feira, dia 15, a partir das 14h. Na sexta, dia 16, os servidores farão uma vigília nacional. Em Brasília, a categoria fará um ato com concentração em frente ao MinC (bloco B), a partir das 14h, e caminhada até o bloco K, sede do MGI, para acompanhar a reunião da ministra da Cultura, Margareth Menezes, com a ministra Esther Dweck, para a entrega do produto do GT de reestruturação das carreiras do MinC e vinculadas.

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