Dia Nacional de Luta dos servidores arranca proposta do governo

Entidades sindicais se reúnem amanhã, dia 4, para discutir a proposta

A mobilização unificada dos servidores federais levou o governo a apresentar uma proposta para as entidades representativas da categoria que realizou hoje, dia 3 de abril, o Dia Nacional de Luta, com atividades e paralisações em todo o país. Em Brasília, o Sindsep-DF, em conjunto com a Condsef e demais entidades sindicais, realizou ato em frente à sede do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), na Esplanada dos Ministérios.

Antes mesmo de a atividade ter início, os representantes dos servidores foram recebidos pelo secretário de Relações do Trabalho do MGI, José Lopes Feijóo, que se comprometeu a agendar até o dia 15 de abril a 8ª reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP).

Feijóo adiantou que não é possível conceder reajuste linear para o conjunto do funcionalismo do Executivo Federal, mas afirmou que o governo estuda um índice para reajuste nas tabelas salariais ainda em 2024. Segundo a SRT/MGI, já foram assinados 11 acordos em mesas específicas e outros três estão em vias de serem firmados. O secretário afirmou que até meados de junho, devem ser instaladas pouco mais de 20 mesas de negociação específicas e temporárias.

O secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, que participou da reunião, considera positivos os avanços de hoje, mas ressalta que é necessário que os servidores se mantenham mobilizados e preparados para a greve, caso a SRT/MGI não cumpra as promessas. “A greve é o nosso principal instrumento de luta e pressão junto ao patrão. Por isso a nossa unidade e capacidade de mobilização são tão importantes no processo de negociação com o governo”, concluiu.

O secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo, informou que cobrou do governo uma resposta à contraproposta da bancada sindical protocolada em 30 de janeiro, que divide os servidores em dois blocos e propõe reajuste escalonado em três anos (2024 a 2026). O primeiro bloco, composto pelas categorias que tiveram reajuste bianual (2016 e 2017), teria aumento anual de 10,34%, totalizando 34,32%. Já o segundo, formado pelos setores que tiveram aumento em quatro anos (2016 a 2019), receberia 7,06% de reajuste anual, totalizando 22,71%. A Condsef também cobrou uma resposta do governo sobre a exigência de equiparação dos benefícios (alimentação, saúde e creche) já em maio deste ano.

A diretora da Executiva do Sindsep-DF e da Condsef/Fenadsef, Mônica Carneiro, reforçou que os servidores não irão aceitar nenhuma proposta que divida ativos, aposentados e pensionistas. “Solidariedade entre gerações é um principio do qual nós não abrimos mão”, afirmou.

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