Servidores da Funai permanecem mobilizados e organizam nova agenda de luta
Os servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) estão em intensa mobilização por justiça para Bruno, Dom e Maxciel; por medidas emergenciais que garantam a segurança dos servidores e povos indígenas na região do vale do Javari; fortalecimento das bases e frentes e demais unidades da FUNAI; diálogo sobre a pauta estruturante para o órgão; por isso pedem a saída do presidente da Funai, Marcelo Xavier, e de toda a sua equipe anti-indigenista. Em novo ato nacional na manhã de ontem (30/06), foram realizados protestos em diversas unidades da Funai nos estados. Em Brasília, a atividade foi em frente ao Ministério da Justiça. Além dos servidores, participaram representantes dos povos originários, com uma delegação de estudantes indígenas de Santa Catarina, representantes da APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) e do povo Guajajara.
Também na quinta (30), as Comissões Externas da Câmara e do Senado visitaram o Vale do Javari, região em que servidor Bruno Pereira e o jornalista Dom Philips foram assassinados. Por indicação do Sindsep-DF, as comissões foram acompanhadas pelos servidores da Funai Guilherme e Gustavo, este último delegado sindical.
Nos próximos dias, os servidores voltam a se reunir para definir uma agenda nacional de luta. Para o coordenador de Comunicação e Imprensa do Sindsep-DF, Gediel Júnior, que tem acompanhado a mobilização dos servidores da Funai, o ato desta quinta-feira foi positivo, pois demonstrou mais uma vez a unidade dos servidores e a capacidade de organização e mobilização da categoria. “Em resposta, a Secretaria Executiva Adjunta do Ministério da Justiça, que em atividade anterior havia recebido os sindicalistas e comissão de servidores, informou que a pauta de reivindicações e a solicitação de abertura das negociações com o ministro foi encaminhada para as instâncias superiores do MJ. Da nossa parte, a mobilização dos servidores da Funai continua até que as demandas sejam atendidas”, informou Júnior.