Chacina de Unaí: Justiça ainda que tardia!
A
Justiça Federal condenou o ex-prefeito de Unaí, Antério Mânica, a 100 anos de
prisão por ter mandado matar os auditores fiscais do Ministério do Trabalho,
Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida
Gonçalves, e o motorista Aílton Pereira de Oliveira. Por ser réu primário, o
ex-prefeito recebeu o direito de recorrer da sentença em liberdade. O
julgamento com júri popular foi realizado no dia 5 de novembro. Ao final, as
pessoas presentes no tribunal homenagearam as vítimas gritando a frase “justiça
ainda que tardia”.
O
irmão de Antério Mânica, o fazendeiro Noberto Mânica, também foi condenado pela
Justiça a 100 anos de prisão por ser um dos mandantes da chacina. O júri também
considerou empresário José Alberto de Castro, culpado pelo crime de intermediar
a contratação dos pistoleiros. A pena dele foi de mais de 96 anos de reclusão.
Em
2013, Rogério Alan Rocha Rios e Erinaldo de Vasconcelos Silva, que segundo o
Ministério Público Federal foram os assassinos, e William Gomes de Miranda, que
teve uma participação considerada de menor importância, foram julgados e
condenados respectivamente, a 94, 76 e 56 anos de prisão.
No
próximo dia 10, será julgado o empresário Hugo Alves Pimenta, que fez acordo de
delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). O processo original contava
com mais dois réus: Francisco Elder Pinheiro, acusado de ter contratado os
matadores, que morreu há dois anos, e Humberto Ribeiro dos Santos, que teve a
pena prescrita.
Chacina
O
crime conhecido como Chacina de Unaí ocorreu em 28 de janeiro de 2004, em meio
a uma operação para coibir o trabalho escravo na região de Unaí – município no noroeste
de Minas Gerais. Desde então, o Sindsep-DF vem apoiando e participando de todas
as atividades convocadas pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do
Trabalho (Sinait) para cobrar justiça.
Fonte: Imprensa Sindsep-DF