IMBEL: direção e SEST apresentam proposta inaceitável e entidades cobram reajuste real para os trabalhadores
IMBEL: direção e SEST apresentam proposta inaceitável e entidades cobram reajuste real para os trabalhadores
Em reunião com o Sindsep-DF e demais entidades representativas dos trabalhadores da IMBEL, dia 17 de fevereiro, o general Expedito Alves de Lima, vice-presidente Executivo da estatal, informou que a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), vinculada ao Ministério da Economia, autorizou apenas uma proposta de reajuste salarial de 2%, sem reajuste dos benefícios. Ou seja, os auxílios alimentação e creche e a cesta básica permaneceriam com valores congelados.
Os sindicalistas rechaçaram a proposta por considerar que a defasagem salarial é de pelo menos 20%. “Somente com relação à inflação de 2021, a defasagem é de 10,36%. Portanto, essa proposta de 2% é inaceitável”, argumentou o secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves. Ele também lembrou que nos ACT’s anteriores (Acordos Coletivos de Trabalho), o percentual de reajuste também foi inferior à inflação do período. O ACT atual tem validade até 31 de março. As entidades farão assembleis para discutir com a categoria e correm contra o tempo para garantir os direitos dos trabalhadores.
Na tentativa de justificar um reajuste tão pífio de somente 2%, a direção da IMBEL ainda argumentou que o Plano de Empregos, Cargos e Salários (PECS) – cuja negociação já se estende por mais de três anos – prevê um reajuste em torno de 30% da remuneração dos trabalhadores da empresa. No entanto, este percentual também depende de aprovação e autorização da SEST.
Em nova intervenção, Neves afirmou que também que não é admissível uma negociação conjunta do ACT 2022/2023 e do PECS, até porque são questões diferentes. O ACT resguarda direitos e conquistas dos trabalhadores. Enquanto o PECS vai na linha de reparar uma injustiça, visto que os trabalhadores civis da IMBEL possuem os mais baixos salários do Executivo Federal. “São temas diferentes e que devem ser tratados em reuniões específicas. Até porque, são independentes entre si”, afirmou o secretário-geral.
A direção da IMBEL ficou de agendar uma nova reunião para os próximos dias para dar continuidade às negociações.