Fusão entre Ibama e ICMBio terá graves consequências

Fusão entre Ibama e ICMBio terá graves consequências

Em audiência pública convocada pelo Ministério Público Federal no Amazonas (MPF-AM) e realizada em 1º de fevereiro, representantes da sociedade civil denunciaram que o desmonte do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) já vinha sendo planejado desde antes da posse do governo Bolsonaro.
Autarquia criada em 2007, o ICMBio é responsável propor, implantar, gerir, proteger, fiscalizar e monitorar as Unidades de Conservação (UCs) instituídas pela União. As informações e estudos apresentados na audiência, serão usados pelo MPF-AM no inquérito que investiga a falta de transparência do Grupo de Trabalho que estuda a fusão dos dois órgãos.
O secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, alerta que a extinção do ICMBio pode representar um grave retrocesso na gestão ambiental. “O governo Bolsonaro nunca escondeu o desconforto com os órgãos ambientais e seus servidores. Extingui-los atende ao propósito deste governo de afrouxar as regras ambientais, como bem deixou claro o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em reunião ministerial ano passado, ao sugerir que se aproveitasse o momento de pandemia para ‘ir passando a boiada’, referindo-se a ‘simplificação’ das regras ambientais”, relembra o secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves.
Neves ressalta ainda que a defesa dos serviços públicos e dos direitos e conquistas dos servidores passa pelo fim do governo Bolsonaro, Mourão e Guedes. “Estamos vivendo um momento de severos ataques ao serviço público e ao funcionalismo como um todo. A nossa resposta só pode ser a unidade de todos os servidores, contra todo e qualquer retrocesso, retirada de direitos e ataques aos serviços públicos. O que o povo precisa é de mais e melhores serviços públicos”, concluiu.

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