Vitória dos trabalhadores

Após pressão dos servidores, congressistas retiram do texto da LDO 2019 o dispositivo que proibiria a concessão de reajustes ao funcionalismo e a criação de cargos no serviço público

Graças a unidade dos servidores e a rápida resposta das entidades sindicais representativas do funcionalismo público, o Congresso Nacional retirou do texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2019 o art. 92-A que proibia a concessão de reajuste salarial e dos benefícios aos servidores públicos federais, além da criação de cargos e a realização de concurso público. O dispositivo foi rejeitado por 209 votos a 45 na Câmara (com três abstenções) e em votação simbólica no Senado. A LDO 2019 aprovada na quarta-feira (11) segue para sanção presidencial. 

Na avaliação do secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, a forte mobilização do funcionalismo dos três poderes, em conjunto com a ação dos sindicatos e das centrais sindicais, aliada a atuação da bancada do PT no Congresso que apresentou o destaque que retirou o art. 92 do projeto da LDO 2019, foram primordiais para a vitória da classe trabalhadora. “Enfraquecer o serviço público integra as metas do governo golpista de Temer e seus aliados para retirar direitos e conquistas da classe trabalhadora. Vencemos uma batalha, mas a guerra continua. Temos que permanecer unidos e mobilizados para derrubar a EC 95 e a Portaria 193, e fortalecer o serviço público”, afirmou. 

Neves lembrou ainda que todos os trabalhadores estão convocados para participar em 10 de agosto do “Dia do Basta”, um dia de luta convocado pela CUT e sindicatos filiados em defesa dos empregos e dos direitos dos trabalhadores e contra o arrocho salarial. Para oganizar a participação dos federais no DF, o Sindsep-DF elabora um calendário de assembleias por local de trabalho para o mês de julho.

“Muitos servidores já entenderam que o golpe foi contra os trabalhadores, por isso, os golpistas tiraram a presidente legítima Dilma Rousseff e hoje mantém Lula como preso político, na tentativa de impedir que ele concorra à presidência do País nas eleições de 2018”, acrescentou. E para impor outra derrota aos golpistas, é primordial também a participação do maior número de trabalhadores no ato dia 15 de agosto, em frente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando será formalizada a inscrição de Lula como candidato à presidência do Brasil nas eleições 2018.

Fonte: Imprensa Sindsep-DF

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