A força da unidade

Slider image

Slider image

Após 33 dias, os servidores do Bacen saem fortalecidos da maior greve já ocorrida na instituição, tanto em duração quanto no índice de participação.

A greve foi vitoriosa em todos os sentidos:

•conseguiu um acordo julgado satisfatório pela amplíssima maioria dos grevistas: 6% de reajuste no vencimento básico a partir de janeiro/2006 e 3,78% a partir de junho/2006, completando 10%; garantias para a manutenção do plano de saúde; modernização do cargo de técnico e atendimento de diversas reivindicações parcias;

•integrou o funcionalismo do Bacen como trabalhadores, que utilizam os métodos dos trabalhadores e que se enxergam como tais;

•consolidou a unidade, que há anos vinha sendo construída passo a passo, com um importante salto de qualidade que foi a eleição do comando de mobilização.

Contagiante, a greve abriu caminho em meio a incontáveis tentativas de divisão. A cada obstáculo superado, como um corpo vivo, a greve se fortalecia e ia se tornando irresistível. Sem distinção hierárquica nem discriminação de nenhum tipo, todos se tornaram iguais no direito de palavra e de voto. Todos se irmanavam na disposição de luta pelo objetivo comum.

A virada decisiva aconteceu na terça-feira, dia 18. Com uma proposta inaceitável e uma ofensiva contra os técnicos, o governo lançou sua última cartada para por fim ao movimento. Foi como jogar gasolina na fogueira: na quarta-feira, um piquete com mais de 300 servidores elevou a adesão a quase 100%.

A partir daí, o governo correu contra o tempo para apresentar uma proposta aceitável. Na quinta-feira, após mais de sete horas de negociação, governo e sindicatos fecharam uma proposta de acordo. No dia seguinte, depois de ouvir atentamente 27 intervenções, a assembléia aprovou o acordo e também deliberou por:

•moção de apoio aos técnicos;
•manutenção do Comando de Mobilização;
•manifesto chamando à participação permanente do funcionalismo;
•instituição do dia do servidor do Banco Central.


Fonte: EG 166






print
Compartilhar: