Sindsep-DF apoia criação da Frente Parlamentar em Defesa da Previdência

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A direção do Sindsep-DF participou na manhã da terça-feira (31/05) da solenidade de lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social, que tem o propósito de ajudar a barrar as mudanças graves na previdência já anunciadas pelo governo golpista.  foi relançada nesta terça-feira (31), no Senado, no auditório Petrônio Portela. 

Na verdade, o ato significou a recriação de frente que já atuou anos antes no Congresso com a mesma finalidade. A reorganização foi proposta pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP). A frente conta com o apoio de mais de 50 entidades, sobretudo organizações sindicais do setor público e privado, entre elas, a CUT, a Condsef e o Sindsep-DF. 

O auditório lotado aplaudiu discursos marcados por críticas a propostas apontadas como parte da futura reforma da Previdência. Entre as medidas, se inclui a fixação de idade mínima de aposentadoria, que poderia chegar a 65 anos, valendo a mesma idade para homens e mulheres. Primeiro a falar, Paim assegurou que a frente atuará de modo “intransigente” para que sejam mantidos os direitos sociais e previdenciários. 

— Nossa tarefa não será fácil, pois os ataques serão enormes. Mas temos certeza que, com nossas convicções e consciência, sairemos vencedores — disse o senador. 

Faria de Sá, assim como já havia feito Paim, negou a existência de déficit nas contas da Previdência. Com base em números da Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal do Brasil (Anfip), ele disse que o superávit chegou a mais de R$ 54 bilhões em 2014. Para o deputado, os números são manipulados para enfraquecer o conceito de previdência pública. 

— A luta é desigual. É uma guerra da economia contra a Previdência Social. Lamentavelmente, eles querem inviabilizar a previdência pública em favor da previdência privada. 

Durante o ato houve também grita geral pela reativação do Ministério da Previdência Social, extinto pelo presidente interino Michel Temer. A área de arrecadação ficou com o Ministério da Fazenda, enquanto o pagamento de benefícios passou para a pasta do Desenvolvimento Social. Paim afirmou que a Previdência virou um “puxadinho” da Fazenda para que depois os recursos sejam colocados à disposição do sistema financeiro. 

— Devolvam o Ministério da Previdência aos trabalhadores e não mexam na CLT, e vida longa à previdência pública brasileira! — defendeu. 

Sindicalistas fizeram sugestões de ações para reforçar a defesa da Previdência perante a sociedade. Rosa Fonseca, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), defendeu uma campanha nacional para rebater informações distorcidas que, segundo ela, são transmitidas diariamente pela mídia. 

Um dos senadores presentes foi o líder do PT, Humberto Costa (PE), que destacou o compromisso do partido em apoiar, na discussão da reforma, a “construção de um caminho que não traga perda de benefícios”. Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse que o interesse maior é a manutenção dos direitos dos trabalhadores, “que constroem o Brasil e vivem muito mal”, e os das mulheres, que podem ser muito prejudicadas com as mudanças nas regras previdenciárias. 

Para o secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, a frente parlamentar é mais uma arma dos trabalhadores na defesa de seus direitos, mas a principal delas é a unidade da classe trabalhadora. “É a organização dos servidores, em conjunto com todos os trabalhadores do campo e da cidade, que vai barrar as ações do golpista. Neste sentido, é imprescindível a construção da greve geral da classe trabalhadora”, afirmou. 

Fonte: Imprensa do Sindsep-DF com informações da Agência Senado
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