Votamos, agora vamos cobrar

Cerca de 250 servidores federais eleitos em assembléias de todo o país participaram da Plenária Estatutária da Condsef, realizada de 8 a 10.12, em Curitiba (PR).

Havia uma preocupação de que a base de representação da Condsef pudesse ser ampliada para estaduais e municipais, mas essa proposta nem chegou a ser submetida a voto. Mais que isso, foi reafirmada uma decisão de congresso – instância superior à Plenária – que deve ser implementada, no sentido de construir um ramo de servidores públicos (das três esferas) dirigido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), congregando todas as entidades de servidores que são filiadas à Central (e que representam a grande maioria dos servidores).

Organização
Também se iniciou uma importante discussão sobre a necessidade de reorganização dos Departamentos da Condsef. Em linhas gerais, se aponta que a estrutura dos Departamentos precisa estar adequada para enfrentar os desafios do crescimento da luta sindical, combinando o fortalecimento dos sindicatos gerais com a representação nacional dos diversos órgãos e setores do funcionalismo que integram a Condsef, inclusive nos momentos de negociação.
No tema organização sindical foi reafirmada a defesa da independência dos sindicatos, com o fortalecimento da CUT e contra toda tentativa de integração na chamada “governança”, que é uma nova forma de cooptação e de negação da democracia. A esse respeito, a plenária decidiu que a filiação da CUT à “Confederação Sindical Internacional”, feita sem nenhuma discussão na base, seja ponto de pauta de uma Plenária Estatutária da CUT ainda em 2007.

Conjuntura

Na discussão de conjuntura, as resoluções da Plenária constatam uma grande disposição de luta dos servidores para entrar em 2007 cobrando o atendimento das reivindicações.

Avaliando que nas eleições presidenciais o significado do voto foi a rejeição das privatizações, a defesa do serviço público, do salário, da reforma agrária, da soberania nacional, as resoluções da plenária vão no sentido de que o servidor votou e agora vai cobrar!
Dando conseqüência a essa avaliação, foi aprovado um calendário para realização de plenárias setoriais nacionais a partir de janeiro, com uma plenária geral em março, com indicativo de greve, caso o governo não atenda as reivindicações.

A luta vai se concentrar na melhoria dos salários, com correção das distorções existentes, por meio dos planos de cargos, preservando a paridade ativo e aposentado.

Em breve será publicada a íntegra das decisões.

Fonte: EG 220


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