Bacen: Ninguém aceita o corte de ponto

Em reunião de negociação com os servidores do Banco Central, no dia 11.07, o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Ferreira, reafirmou que o acordo financeiro está feito, mas sua formalização aguarda a decisão sobre os dias parados. A reunião foi tensa devido à insistência do governo em arrancar um acordo envolvendo o corte de ponto no que ele chamou de compartilhar decisões e responsabilidades. Mas as entidades sindicais (Sindsep-DF, Condsef, Sintbacen, Sinal) se mantiveram muito firmes e apegadas ao mandato das assembléias: não haverá acordo envolvendo o corte de ponto.

Ainda assim, o governo apresentou uma proposta para ser submetida ao funcionalismo:
40% dos dias de greve seriam matematicamente desprezados em virtude do esforço de colocar o trabalho em dia durante o expediente normal;

30% seriam resolvidos com a extensão da jornada de trabalho;

30% (11 dias) seriam descontados pecuniariamente.

O Sindsep-DF destacou que há muitos trabalhos que, tendo ficado atrasados em virtude da greve, demandarão um tempo muito superior ao normal. Por isso, antes de qualquer definição, o Banco deveria fazer cálculos e levantamentos das horas necessárias à reposição, pois poderia perfeitamente acontecer de a 1ª e a 2ª partes da proposta do governo cobrirem integralmente os dias de greve. Ademais, se houver o corte de 11 dias, o trabalho correspondente não seria reposto. Foi, então, perguntado ao Banco se ele poderia prescindir dessas horas. A conclusão a que se chegou é que ainda são necessários esclarecimentos e novas discussões. A reunião foi suspensa e será retomada na quinta-feira, dia 19.07. Por isso, a próxima assembléia, salvo algum fato novo, ocorrerá na sexta-feira, dia 20.07.

Fonte: EG 244

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